terça-feira, 28 de junho de 2016

Brexit segue fazendo preço dos ativos

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Os ajustes em função da saída do Reino Unido da União Europeia seguem trazendo volatilidade e desequilíbrio nos preços dos ativos, a partir de Câmbio também desequilibrado. Os diferentes bancos centrais continuam a divulgar que possuem contingências para a situação e que farão uso caso necessário, mas não temos decisões mais palatáveis.
De mais concreto no dia, só o rebaixamento do Reino Unido pela S&P do grau AAA para AA, diante da possível deterioração do financiamento externo. Também citamos que bancos estão ajustando ativos da região. Podemos dizer que temos uma ressaca pós-Brexit, e isso deve prosseguir por dias e provavelmente semanas, já que ninguém sabe realmente como a situação evoluirá. O FMI, via Lagarde, disse que as autoridades devem agir rápido para estancar a volatilidade dos mercados.
Na sequência dos mercados no exterior, o petróleo WTI negociado em NY registrou queda de 2,75%, com o barril cotado a US$ 46,33, depois de reação no final da sessão. O euro era transacionado em queda para 1,1012, também em recuperação. Os notes americanos de 10 anos eram negociados com queda dos juros para 1,46%. O ouro teve mais um dia de alta na Comex de 0,55%, e commodities agrícolas com viés de alta na bolsa de Chicago.Nos EUA, o índice de atividade PMI de serviços ficou estável no mês de junho em 51,3 pontos (ainda em aceleração), enquanto índice de atividade industrial de Dallas subiu para -7,0 pontos, vindo de
-13,1 pontos.
No cenário local, a pesquisa Focus semanal do Bacen mostrou a inflação em alta para 7,29% (de 7,25%), PIB estabilizado em -3,44% e taxa Selic subindo para 13,25% (anterior em 13,0%). A produção industrial encolheu mais um pouco para -5,89% e a relação dívida/PIB subindo para 43,70% (de 43,25%). Tudo para 2016. Tivemos a inadimplência no crédito livre subindo para 5,9% (anterior em 5,7%), e na pessoa física com alta para 6,3%. Aliás, o endividamento das famílias subiu para 44,3% e o comprometimento da renda de abril em 23,3%.
Já a Dívida Pública Federal de maio ficou em R$ 2,88 trilhões com queda da participação dos estrangeiros para 16,6%. O prazo médio da dívida encolheu para 4,67 anos e dívidas com vencimento em 12 meses representando 20,4%. O saldo da balança comercial em junho até a quarta semana estava positivo em US$ 3,45 bilhões e subindo no ano para superávit de US$ 23,11 bilhões. No mercado, os DIs tiveram dia de queda dos juros e o dólar com alta de 0,42% e cotado a R$ 3,392. Na Bovespa, na sessão de 23 de junho, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 314,7 milhões, deixando o saldo do mês positivo em R$ 1,84 bilhão e, o ano também positivo, em R$ 13,31 bilhões.
No mercado acionário, dia de fortes quedas nas bolsas europeias. Londres perdeu 2,55%, Paris com -2,97% e Frankfurt com -3,02%. Madri e Milão com quedas de respectivamente 1,83% e 3,94%. No mercado americano, queda do Dow Jones de 1,50% e Nasdaq com -2,41%. Na Bovespa, dia de queda de 1,72% e índice em 49245 pontos. Nem mesmo a alta do petróleo no mercado spot chinês foi suficiente para fazer Vale e siderúrgicas em alta.
Amanhã, teremos a sondagem da indústria pela FGV, o IPP (Índice Preço do Produtor) de maio, a nota de política monetária e resultado primário do governo central de maio. O dado mais importante será o relatório trimestral de inflação e a entrevista do novo presidente Ilan Goldfajn. Nos EUA, nova estimativa de PIB, índice preço de imóveis Case-Shiller de abril, índice de atividade de Richmond de junho e a confiança do consumidor do Conference Board de junho.
Fonte ultimoinstante

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